segunda-feira, 9 de agosto de 2010

B. Senna aprova Hispania e lembra dificuldade financeira

SÃO PAULO - Entre as 12 equipes que disputam a Fórmula 1 em 2010, apenas as três novatas não conseguiram pontuar na temporada. O brasileiro Bruno Senna, piloto da Hispania, sabe que a missão com a escuderia espanhola é difícil. Mesmo assim, faz elogios ao time após as primeiras provas e comemora o desempenho alcançando ao longo do ano.

"A gente teve um grande processo de aprendizagem. Começamos o ano sem testes. Viemos trabalhando e estamos tirando o máximo do carro. Tivemos pequenos 'updates' do carro, como o tanque de combustível, a parte eletrônica... Todo final de semana estamos tirando coisas novas", disse Bruno, em evento realizado nesta segunda-feira em São Paulo.

O estreante admitiu ser "um pouco frustrante" correr por um time com baixo orçamento, o que dificulta o citado desenvolvimento de peças para o carro. Comparando com outras escuderias, principalmente as que lideram a temporada, a Hispania apresenta um atraso para desenvolver o equipamento, segundo o próprio Bruno.

"A dificuldade financeira atrapalha o desenvolvimento do carro. Temos condições de manter a equipe rodando até o final do ano. Mas não podemos ser como a Red Bull, que tem sempre pequenas ou grandes coisas no carro todo final de semana", afirmou o piloto.

Ainda que estável, a situação financeira da equipe é comemorada pelo brasileiro - os espanhóis terminarão 2010 sem luxo, mas estão em pé de igualdade no quesito orçamento para 2011. "Poucas equipes no grid estão garantidas que estarão no ano que vem. A Fórmula 1 não é fácil. A Hispania e outras equipes não têm como dar essa garantia", comentou Bruno no evento em São Paulo.

Ao longo da atual temporada, a Hispania perdeu a parceria com a Dallara, que desenvolvia peças no modelo F110 dos espanhóis. Comemorando uma equipe mais "autônoma", Bruno Senna disse ter aprendido muito em 2010, especialmente a respeito da montagem do carro - segundo ele, tudo era esperado em se tratando de um time que faz seu primeiro ano.

"A gente sabia que seria um risco entrar em uma equipe nova. Mas ela mudou essencialmente de quando a gente assinou para quando a gente começou a temporada. Fizemos um contrato firme, e não podemos prever o que vem pela frente", afirmou Bruno, comentando a respeito da negociação da escuderia para José Ramón Carabante pouco tempo antes do começo da temporada.

Apesar da autonomia da Hispania, Bruno reconheceu que o time ainda pode tentar aproveitar os chassis desenvolvidos pela extinta Toyota, como chegou a ser especulado. "Existem conversas com a Toyota sobre a equipe, mas não é fácil saber em que pé isso está", contou, lembrando que a Hispania depende da homologação da FIA para usar as peças. "As coisas são um pouco mais complicadas."

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