sábado, 24 de julho de 2010

A FORÇA DE LULA E DA TV

Postado por Cristiana Lôbo em 24 de julho de 2010 às 09:28
Não foi à toa que o presidente Lula se esforçou para reproduzir nesta eleição de 2010 a mesma ampla aliança política que dá sustentação a seu governo. Cada partido a mais no palanque de Dilma significa um pouco mais de tempo de televisão na campanha eleitoral. E tempo de TV é voto.

Nestes últimos 23 dias, não ocorreu nenhum fato novo de relevância (a não ser crises internas nas duas campanha – as declarações de Índio da Costa acima do tom e a quebra do sigilo fiscal do tucano Eduardo Jorge, que respinga na candidatura de Dilma) e, assim, não houve mudança importante no resultado da pesquisa DataFolha divulgada hoje.

Evidentemente que tucanos e petistas vão dizer que o episódio envolvendo o vice de Serra foi importante e que a quebra do sigilo de Eduardo Jorge denota um traço da ação do PT. Mas o fato é que nenhum dos dois é de fácil compreensão para a massa de 135 milhões de eleitores brasileiros. A percepção é a de que há alguma confusão no ar, sem que se compreenda exatamente o que está acontecendo. O fato é que, conforme o DataFolha, Serra e Dilma perderam pontos (oscilaram negativamente, como dizem os pesquisadores sobre movimentos pequenos). Serra perdeu dois e Dilma perdeu um.

A pesquisa DataFolha mostra que a disputa está aberta. Pode-se repetir tudo o que vem sendo repisado pelo PT – que Dilma tem padrinho forte (Lula confirma aprovação de 77% dos brasileiros, conforme a mesma pesquisa) e tem mais tempo de televisão. É verdade que as condições de Dilma são melhores. Ela ainda tem espaço para crescer. Mas Serra demonstrou grande resistência. Ele tem um patamar sólido superior a 35% das intenções de votos e, até agora, disso ele não caiu.

No dia 17 de agosto começa uma nova etapa da campanha eleitoral que é a da propaganda na televisão. Em 15 dias, segundo especialistas, é possível saber quem deslanchou ou não. Especialmente, em situação de empate. Mas, vê-se que Dilma tomará outra vitamina daqui até lá. Se a aparição na TV é a mais eficiente, ela tem outra com a qual Serra não conta: a aliança com o popular presidente Lula. É por isso que daqui até dia 17 de agosto Lula está acertando agenda conjunta para sua candidata. O objetivo é dar um pouco mais de gás à campanha petista para que ela chegue ao horário eleitoral já na frente do principal adversário, José Serra. Coisa que não aconteceu até agora, conforme a série de pesquisas DataFolha.

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